Passei por uma experiência incrivel de trabalhar 60 horas. Um desastre total. Não tinha tempo de preparar as aulas, não tinha tempo de estudar e me senti frustrada profissionalmente. Me senti muito cansada. Desde que voltei a trabalhar 40 horas, estou correndo atrás de atividades e tarefas que ficaram atrasadas, tentando ler os textos indicados por todas as interdisciplinas e voltar para outras atividades das quais participava. Fiquei curiosa de saber a quantidade de professores que trabalham 60 horas na rede pública estadual e a qualidade de seu trabalho.
O dia 8 de setembro foi o dia Internacional da Alfabetização.
O desafio da alfabetização se faz presente e é primordial em todo mundo, tanto para crianças como para adultos. Segundo dados da UNESCO, a taxa de analfabetismo sofreu uma redução de 45% para 23% nos últimos 50 anos a nível mundial. Lendo o texto "Alfabetização de Adultos: ainda um desafio" na interdisciplina Educação de Jovens e Adultos, passei a ter um conhecimento maior e principalmente interesse em como esse processo se desenvolve para os adultos, uma vez que é uma área em que nunca trabalhei e nem estudei. O trabalho de Emília Ferreiro sobre a alfabetização parte do referencial teórico de Piaget, o qual sempre estudei relacionando com a alfabetização de crianças. O texto de Regina Haras contempla este referencial teórico através de inúmeros exemplos sobre a alfabetização de adultos, demonstrando importantes progressos e dados obtidos neste processo. Tinha duas posições equivocadas em relação à alfabetização dos adultos. Primeiramente, sempre relacionei somente o método de Paulo Freire a alfabetização de adultos. Também nunca relacionei o trabalho de Emília Ferreiro, que estuda a psicogênese da escrita em crianças estabelecendo assim fases, com a alfabetização de adultos. Sempre estudei Paulo Freire sob uma postura política, relacionando o adulto analfabeto como oprimido, com possibilidades de aprendizagem reduzidas e exigindo do educador um esforço maior. Lendo o texto e avaliando as questões abordadas, fica fácil perceber a possibilidade de aprender a partir do contato direto com textos e escritas que possam parecer significativos e também ir de encontro com o interesse tanto de crianças como também dos adultos. Aprendi que a alfabetização de adultos e crianças sobre a escrita encontra padrões semelhantes em seu processo. Os dados do texto são o resultado de uma pesquisa em relação a uma metodologia aplicada na alfabetização de adultos que mostrou as possibilidades de aprendizagem através da caracterização e rendimento de um determinado grupo avaliado. Tudo que estou lendo sobre alfabetização para crianças tento relacionar com a sua aplicação para adultos, mas ainda falta conhecimento da área e também prática.
Iniciei o projeto contando a história de “João e Maria”. Conforme ia contando a história, ia me caracterizando de bruxa. Realizamos desenhos e atividades referentes à história.
Através da história de João e Maria, construí uma casa de isopor para que as crianças decorassem com balas, bolachas e chocolates. Depois de pronta, tirei uma foto.
Contei também a história “Concurso de Casas” de Anália Ugalde;
Confeccionei um mural com as figuras das casas da história juntamente com a foto da casa de doces construída pela turma.
Realizamos uma eleição do concurso das casas com o objetivo de que no final cada um receberia uma premiação por características particulares.
Encerrei o projeto com o resultado do concurso das casas valorizando o que cada uma tem de importante. Relacionei o concurso com a casa de cada aluno, que tem suas particularidades, mas que as tornam especiais por serem suas casas, habitadas por suas famílias.
As crianças adoraram o projeto, foi uma semana de muita empolgação e alegrias, mas a hora da degustação foi à melhor parte.
Participei com meus alunos do nível 3 do 10º Salão de Extensão da UFRGS, com o Projeto Radialistas Mirins. O Projeto Radialistas Mirins na Prevenção da Saúde é uma combinação de saúde e comunicação através do rádio. O objetivo deste projeto é desenvolver nas crianças, o valor da escuta, da fala, do hábito de uma audição saudável e da prevenção de doenças. O rádio passou a ser utilizado como um dos recursos para o desenvolvimento de várias atividades em sala de aula. É um instrumento de aula muito bem aceito pelas crianças e que desperta interesse e empolgação nas diferentes atividades. Já é o segundo ano que as turmas com as quais trabalho participam deste projeto. No ano de 2008, participei com a turma do nível 4 (5 anos). Neste ano de 2009, resolvi continuar com o projeto com as crianças do nível 3 (4 anos). Como as crianças são menores, o trabalho está fluindo melhor, considerando também minha prática do ano anterior, também pelo interesse dos pais e principalmente pela participação destas crianças. O projeto está contribuindo muito para desenvolver a fala das crianças através de atividades com músicas, versos e principalmente perguntas e respostas que estão sendo muito trabalhadas para a gravação final deste trabalho. No salão, as crianças tinham um espaço reservado com microfone, onde participamos cantando algumas músicas que foram aprendidas neste ano letivo. Nossa próxima etapa é a gravação na rádio da UFRGS de atividades que estão sendo trabalhadas em sala de aula como músicas, versos, histórias e perguntas/respostas sobre alimentação saudável.
Recursos como falar e escrever fazem parte da prática de um professor. Porém sempre apresentei muita dificuldade para escrever. Desde que comecei no PEAD, fazia minhas atividades em vários rascunhos até passar para o Word e finalmente postar. Os rascunhos foram diminuindo gradativamente até conseguir a pouco tempo fazer as atividades direto no computador, sem aquela infinidade de rascunhos. Minha aprendizagem no PEAD sempre foi de superar muitos desafios, sendo que tenho um maior ainda que é o trabalho de conclusão. A leitura de muitos textos foram possibilitando uma maior facilidade para escrever. Estou sempre pensando em possibilidades para melhorar, aperfeiçoar e conseguir fazer com que a escrita seja um processo mais prazeroso, sendo capaz de produzir textos com maior facilidade. Através de uma palestra realizada em minha escola, adquiri o livro Redação e Ensino - Um espaço para a autoria/Avani de Oliveira - Porto Alegre: Editora da UFRGS. Esta obra está me auxiliando a superar tantas dificuldades com a escrita e me desafiando a escrever melhor qualificando meu trabalho, minhas atividades e um desafio futuro maior que é o TCC.
Em 1929, as professoras Olga Acauan, Wanda Gaelzer e Consuelo Costa Teixeira criaram uma escola para atender a primeira infância. Surgiu assim a Educação Infantil do Intituto de Educação General Flores da Cunha, que começou a funcionar em três de setembro daquele ano. Nesse ano, completamos 80 anos de atendimento. Para comemorarmos essa data, planejamos um mês inteiro de atividades. Iniciamos com a apresentação da peça "Boneca de Pano", uma exposição de fotos e o decerramento da placa alusiva à data. Na ocasião, cada turma presenteou a escola com um cartão, marcando sua presença. Tivemos, no dia três, a festa de aniversário, com bolo, balões, animação de palhaço, música e cama elástica. Também inauguramos uma mini-quadra, cujo nome foi escolhido pelos próprios alunos por votação. Plantamos uma muda de flor, representando cada aluno nesse "jardim". Ainda assistiremos à orquestra de flautas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos. No dia 26, participaremos de atividade recreativa com bicicleta, chimarrão e familiares. Encerraremosas comemoraçõs com uma confraternização entre professores, ex-professores, funcionários e ex-funcionários.
A primeira escola infantil do Rio Grande do Sul tem muito a contar e a comemorar.
Piaget não propõe um método de ensino, mas possui uma extensa obra baseada no desenvolvimento da inteligência e construção do conhecimento. Sempre estudei sobre Piaget superficialmente. Através das aulas deste semestre e dos encontros dos Estudos Piagetianos, está sendo possível conhecer e entender um assunto que pode mudar minha prática e ajudar a entender e trabalhar melhor as dificuldades que se apresentam em sala de aula. Conceitos de assimilação, acomodação e estádio passam a ter um novo sentido, com mais significado e uma identificação com meu trabalho, mudando principalmente a qualidade de minha aprendizagem e do trabalho com meus alunos.