A interdisciplina da EJA foi totalmente novidade em minha formação e em minha prática. Todos os textos sobre a EJA (principalmente o Parecer CEB Nº 11/2000) foram importantes para conhecer e aprender sobre a EJA. Nunca trabalhei e nem estudei sobre a Educação de Jovens e Adultos, só tinha conhecimento pela LDB como sendo uma modalidade de ensino com funções e finalidades específicas, considerada como inclusão, já que são estudantes que, por diferentes motivos e principalmente dificuldades, não tiveram oportunidade de cursar ou concluir o Ensino Fundamental e Médio na idade própria. O Parecer CEB Nº 11/2000 define a EJA como uma categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades e funções especificas. A formação docente para a EJA, assim como para qualquer nível ou modalidade de ensino, está disposta no artigo 22 da LDB, mas acredito que, pela complexidade e diversidade de sua clientela, precise de professores melhores capacitados para atender seus alunos evitando, novas reincidências de evasão. Os professores precisam, como para qualquer outro nível, estarem bem preparados. Não tenho experiência com EJA, mas minha prática mostra que quando trabalhamos com a mesma série durante anos seguidos, percebemos muitas diferenças entre as turmas. Como preciso estar preparada para garantir a escolarização com qualidade das séries em que trabalho (e que escolhi para trabalhar), também se exige um preparo dos professores da EJA.
Os educadores encontram inúmeros desafios mediante as práticas de escolarização popular. Além das dificuldades encontradas para ensinar, acredito que ainda um dos maiores desafios está em lidar com a motivação. Os adultos das camadas populares, que são a clientela da EJA, consideram a questão da educação irrelevante para sua sobrevivência frente a questões como habitação, saúde, emprego, alimentação e transportes. As questões relacionadas à educação também podem acarretar mais transtornos e também mais gastos em seu orçamento. Outro forte agravante da EJA é o desgaste físico e mental depois de um dia de trabalho, principalmente para aqueles que enfrentam condições precárias de transporte. Diante de tantas questões, a EJA necessita de profissionais para atender esta clientela e superar a demanda das inúmeras dificuldades para escolarização de adultos exigindo-se ainda bom desempenho. Porém alguns fatores contribuem para que jovens e adultos retornem a seus estudos, como mudar de vida, necessidade em acompanhar a aprendizagem de seus filhos (oportunidade que garantem que não tiveram), mudar de emprego ou ser promovido. Para Paulo Freire, o alfabetizando é o sujeito da construção de seu aprendizado, mas defendo que a prática do professor, o conhecimento de diferentes métodos, o conhecimento de seus alunos e principalmente a escolha por um determinado nível ou modalidade de ensino irão qualificar o trabalho e garantir a aprendizagem destes alunos.
Não conheci e nunca vivenciei a alfabetização de adultos em um sistema escolar e as informações do texto são mais como aquisição de um conhecimento. Portanto, não consegui fazer relações diretas com a minha prática.
Algumas mães e pais de alunos que eram analfabetos sempre conversavam na porta da sala sobre os recados ou suas dúvidas em relação a seus filhos. Porém quando os alunos recebiam recados em suas agendas, dependiam de seus familiares para ler e responder estes bilhetes. Aquelas mães e pais que eram analfabetos e não se interessaram ou não tiveram oportunidade de aprender a ler e escrever manifestavam interesse e passavam a ter necessidade desta aprendizagem com o objetivo de acompanhar seus filhos na escola e até poder ajudá-los.
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domingo, 13 de dezembro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Alfabetização
O dia 8 de setembro foi o dia Internacional da Alfabetização.
O desafio da alfabetização se faz presente e é primordial em todo mundo, tanto para crianças como para adultos. Segundo dados da UNESCO, a taxa de analfabetismo sofreu uma redução de 45% para 23% nos últimos 50 anos a nível mundial.
Lendo o texto "Alfabetização de Adultos: ainda um desafio" na interdisciplina Educação de Jovens e Adultos, passei a ter um conhecimento maior e principalmente interesse em como esse processo se desenvolve para os adultos, uma vez que é uma área em que nunca trabalhei e nem estudei. O trabalho de Emília Ferreiro sobre a alfabetização parte do referencial teórico de Piaget, o qual sempre estudei relacionando com a alfabetização de crianças.
O texto de Regina Haras contempla este referencial teórico através de inúmeros exemplos sobre a alfabetização de adultos, demonstrando importantes progressos e dados obtidos neste processo. Tinha duas posições equivocadas em relação à alfabetização dos adultos. Primeiramente, sempre relacionei somente o método de Paulo Freire a alfabetização de adultos. Também nunca relacionei o trabalho de Emília Ferreiro, que estuda a psicogênese da escrita em crianças estabelecendo assim fases, com a alfabetização de adultos. Sempre estudei Paulo Freire sob uma postura política, relacionando o adulto analfabeto como oprimido, com possibilidades de aprendizagem reduzidas e exigindo do educador um esforço maior. Lendo o texto e avaliando as questões abordadas, fica fácil perceber a possibilidade de aprender a partir do contato direto com textos e escritas que possam parecer significativos e também ir de encontro com o interesse tanto de crianças como também dos adultos. Aprendi que a alfabetização de adultos e crianças sobre a escrita encontra padrões semelhantes em seu processo. Os dados do texto são o resultado de uma pesquisa em relação a uma metodologia aplicada na alfabetização de adultos que mostrou as possibilidades de aprendizagem através da caracterização e rendimento de um determinado grupo avaliado. Tudo que estou lendo sobre alfabetização para crianças tento relacionar com a sua aplicação para adultos, mas ainda falta conhecimento da área e também prática.
Lendo o texto "Alfabetização de Adultos: ainda um desafio" na interdisciplina Educação de Jovens e Adultos, passei a ter um conhecimento maior e principalmente interesse em como esse processo se desenvolve para os adultos, uma vez que é uma área em que nunca trabalhei e nem estudei. O trabalho de Emília Ferreiro sobre a alfabetização parte do referencial teórico de Piaget, o qual sempre estudei relacionando com a alfabetização de crianças.
O texto de Regina Haras contempla este referencial teórico através de inúmeros exemplos sobre a alfabetização de adultos, demonstrando importantes progressos e dados obtidos neste processo. Tinha duas posições equivocadas em relação à alfabetização dos adultos. Primeiramente, sempre relacionei somente o método de Paulo Freire a alfabetização de adultos. Também nunca relacionei o trabalho de Emília Ferreiro, que estuda a psicogênese da escrita em crianças estabelecendo assim fases, com a alfabetização de adultos. Sempre estudei Paulo Freire sob uma postura política, relacionando o adulto analfabeto como oprimido, com possibilidades de aprendizagem reduzidas e exigindo do educador um esforço maior. Lendo o texto e avaliando as questões abordadas, fica fácil perceber a possibilidade de aprender a partir do contato direto com textos e escritas que possam parecer significativos e também ir de encontro com o interesse tanto de crianças como também dos adultos. Aprendi que a alfabetização de adultos e crianças sobre a escrita encontra padrões semelhantes em seu processo. Os dados do texto são o resultado de uma pesquisa em relação a uma metodologia aplicada na alfabetização de adultos que mostrou as possibilidades de aprendizagem através da caracterização e rendimento de um determinado grupo avaliado. Tudo que estou lendo sobre alfabetização para crianças tento relacionar com a sua aplicação para adultos, mas ainda falta conhecimento da área e também prática.
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